Quem sabe um dia
O certo vire errado
O exato inexato
E o mais correto seja não fazer o certo
Nem tão pouco o exato.
Quem sabe um dia
O amor vire ódio
E comece a se dissipar
No meio do espaço vazio.
Quem sabe um dia
A amizade vire inimizade
E a amizade que já fora a coisa mais bela do mundo
Perca a sua beleza por causa da sociedade desumana
Que habita esse mesmo mundo.
Quem sabe um dia
Para espanto da sociedade o mais falador vire o mais quieto
Fazendo com que todos se espantem com a beleza de sua quietude.
Quem sabe um dia
Quem não fala comigo venha em minha direção para conversar
E não obtenha resposta.
Quem sabe um dia
Você que acabou de ler essa poesia
Entenda que a plenitude da vida
Está em ser você mesmo
E não em adaptar-se ao ritmo de outras pessoas
Somente para satisfaze-las
Pois pode se arrepender ao saber
Que essa pessoa não gosta mais de você.
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