Quando sou poeta

(Marília Machado)

Quando sou poeta
pairo acima do bem e do mal.
Mas sou tão frágil quando sou mortal…

Quando sou poeta
fico indignada, revoltada!
Quando sou mortal sou lesada…

Quando sou poeta
abomino as injustiças.
Denuncio.

Quando sou mortal
vivo na escravidão.

Poeta, vivo
Mortal, sobrevivo.

Mortal, desfaleço.
Poeta, realizo.

 

 

Poesia retirada do livro REFLEXÃO VERDE AMARELA, editora Kroart, Rio de Janeiro, 1999

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